Saudade tua
me invade à lua
do teu carinho
teu aninho
do meu peito
teu ninho
do breu
nem tão breu
nem tão meu
nem tão teu
é céu vão
de estrelas
explosão
de centelhas
sem a manta
azul escura
de tantos
entrecochados
de pernas
e braços
e ternos
abraços
sem cura
sem teu calor
devagar
com o andor
que meu amor
é do teu ar
é tua pinta
pontuando
meu olhar
acentuando
o tear
das linhas
escritas minhas
e tuas curvas
nuas, turvas
da vista embaçada
de suor
dos óculos
largados
do calor
desfoco
despreocupado
do teu corpo
no meu
que é teu
barroca
dança
que me mata
chibata
alcança
a falta
que tu
morena
me faz
noite
e dia
e jaz
meu sono
e despertar
morte
e vida
se é que eu posso
engolir o caroço
da fruta estragada
que deixei, mofada
e de vida
esse viver
descabido
chamar.
sábado, 22 de setembro de 2018
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
Raindrops
Chuva, chove
musica meu pranto
inquieta, me move
aquieta meu canto
acalanto
em desencanto.
Chuva, acalma
que nada
lava a minh'alma
me desaba
que eu sou casa
pré-fabricada
na beirada
do barranco
em preto e branco
esperando o sopro
da natureza
me fazer escopo
de toda a dureza
necessária ou não
represália do cão...
Vem, chuva
me leva
me dá teu voto
de minerva
e me apaga de vez
que eu sou sol rabiscado
naquela calçada
da sete dois
faz isso agora
sem demora
e me (dis)seca depois.
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Tenta
Já não aguento
teus olhos baixos
molhados
sofridos
pelados
de brilho
ainda tento
ao menos acho
que indico o caminho
pra ti
minha querida
tanto nos levou
nos teus braços
no teu colo
me abraça
te imploro
eres un niño
mi cariño
que miedo tengo
meu dengo
de perderte
y solo verte
en mis sueños
serian muy buenos
pero no quiero
nunca
que te vas
jamás
aunque sí
yo sé
que tu hora
llegará
sin embargo
no ahora
y en verdad
nadie sabe
mirando de lejos
lo que pasa
en tu cabeza,
mi amor
en tu corazón
nadie nadie
ni nosotros
tan cerca
não perca
a esperança
nessas andanças
não tropeça
na estante
te peço
nesse instante
não caia
na laia
do meio copo
de veneno
e nem te condeno
porque eu, topo
mas tenta
não cair
pra não mais levantar
tenta
não sair
pra não mais voltar.
teus olhos baixos
molhados
sofridos
pelados
de brilho
ainda tento
ao menos acho
que indico o caminho
pra ti
minha querida
tanto nos levou
nos teus braços
no teu colo
me abraça
te imploro
eres un niño
mi cariño
que miedo tengo
meu dengo
de perderte
y solo verte
en mis sueños
serian muy buenos
pero no quiero
nunca
que te vas
jamás
aunque sí
yo sé
que tu hora
llegará
sin embargo
no ahora
y en verdad
nadie sabe
mirando de lejos
lo que pasa
en tu cabeza,
mi amor
en tu corazón
nadie nadie
ni nosotros
tan cerca
não perca
a esperança
nessas andanças
não tropeça
na estante
te peço
nesse instante
não caia
na laia
do meio copo
de veneno
e nem te condeno
porque eu, topo
mas tenta
não cair
pra não mais levantar
tenta
não sair
pra não mais voltar.
Otra vez
Já não sei pr'onde corro
nem sei ajudar
se vivo ou se morro
ela segue a nadar
contra a maré
onde não dá pé
morre na praia
corre da raia
eu me anulo
erro o pulo
é só paulada
decisões erradas
dou de cara no muro
e em apuros
ela vive
é um cabide
de tristezas
desconhece a leveza
coitada
ficou parada
mientras la vida
se fue, pasó
ah, vida, jodida
nos enclaustró
en una sala
sin puerta
sin ventana
sin suelo
sin nada
ella está cansada
años y años
llorando
nem sei ajudar
se vivo ou se morro
ela segue a nadar
contra a maré
onde não dá pé
morre na praia
corre da raia
eu me anulo
erro o pulo
é só paulada
decisões erradas
dou de cara no muro
e em apuros
ela vive
é um cabide
de tristezas
desconhece a leveza
coitada
ficou parada
mientras la vida
se fue, pasó
ah, vida, jodida
nos enclaustró
en una sala
sin puerta
sin ventana
sin suelo
sin nada
ella está cansada
años y años
llorando
en el baño
murriendo
murriendo
poco a poco
y nosotros, locos
eu não aguento mais
eu fico pra trás
em cada página
desse maldito livro
eu me livro
de duas lágrimas
enquanto a cidade passa
pela janela
o olho embaça
e eu só penso nela
que a essa hora
dorme e acorda
roendo a corda
só quero ir embora
de uma vez
cheio dos talvez.
y nosotros, locos
eu não aguento mais
eu fico pra trás
em cada página
desse maldito livro
eu me livro
de duas lágrimas
enquanto a cidade passa
pela janela
o olho embaça
e eu só penso nela
que a essa hora
dorme e acorda
roendo a corda
só quero ir embora
de uma vez
cheio dos talvez.
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