quinta-feira, 29 de outubro de 2015

De volta

Voltei há pouco, após ter estado longe por um bom tempo. Para falar a verdade, pouco mais de dois anos e meio é o tempo em que estive afastado. Agora venho de canto, ainda/sempre com cantos na cabeça, mas venho com outra proposta, outro intuito, do que aqueles de outrora. Chego sem pressa e sem compromisso, periodicamente sem período pré-estabelecido, chego conforme as ideias chegam, chego como o vento na janela, ou como a água escorrendo na parede, sem aviso, sem alarde, ou ainda, pelas beiradas, para não me queimar. Venho tendo como único objetivo o dizer escrito, o gritar silencioso. Não é semanal, nem quinzenal e nem mensal... Apenas é. Eu voltei, mas nem sei se aqui é o meu lugar, e também nem sei se estando nisso, é pra sempre; as referências seguem e se fazem o tempo todo, por assim serem, e por assim eu ser. Talvez o que tenha me trazido de volta seja o charme do flerte com as palavras, ou por ter aqui uma válvula de escape, ou apenas por vaidade, ou vontade, assim, por gosto, enfim, voltei. E gosto de saber disso, sem divulgação qualquer, cá estou, de volta.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Justo!

Ontem deixei de pagar o consumo do quarto
(esqueceram de cobrar, não tenho culpa),
Hoje, fui atendido sem demora
(estava na fila das gestantes, naturalmente),
Comi umas bolachas no corredor de trás.
Agora vou dar uma furada nessa fila aqui.
Depois pedir um desconto pra funcionário ali...
Olha só, me deram troco a mais, que coisa boa!
Então vou pegar o carro, está perto da porta
(deixei na vaga de cadeirante, ninguém viu, mesmo).
E depois ir rápido, pelo acostamento
(é óbvio, tem engarrafamento).

Tenho pressa para chegar em casa.
Amanhã acordo cedo, tenho compromisso.
Vou passar o dia reclamando dos governantes, que são corruptos (e não são?).
Tem protesto, vou fazer a minha parte, acho justo!