sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

6h58 vibra

O despertar, de pronto,
No susto, meio tonto,
Eu pulo, olhos semicerrados
Por de trás dos óculos, embaçados.
Espero sentado, de lado,
Eles passam, como o gado,
Um atrás do outro, e outro
Atrás do outro que passa por mais outro
Enfim, eu vou, agora sete e dois
Passos largos, pra sobrar tempo depois.

Na esquina, sete e cinco eu espero.
Lá vem ela, como sempre, é tudo o que quero.

Sorrindo, leve, como o ar.
O ar meu, já perco, só de olhar.
O branco da pele contrasta e enfeita
Com aquela combinação perfeita
O cabelo longo, o vestido de flores
O sapato delicado, a bolsa, todas as cores.
A espera vale, o abraço aperta, o perfume é demais
Sete e nove, temos de ir, é perto do cais.
O toque da mão é macio, eu rio, mas o tempo é contado
Triste vem o tchau, a despedida dos seis minutos passados.

Sete e dez eu aceno, faço o te amo em sinais.
Sete e onze ela se vai, linda, é inevitável... Amanhã tem mais.